O Festival de Cinema Queer Lisboa chegou novamente! Quem vai?
O Queer Lisboa intitula-se como o único festival de cinema nacional com o propósito específico de exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgénero, transsexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não-normativas, num género cunhado internacionalmente como “Cinema Queer”.
O festival de Lisboa vai na sua 27ª edição e regressa aos habituais Cinema São Jorge e Cinemateca Portuguesa, entre os dias 22 e 30 de setembro, com uma programação abrangente que abraça uma abordagem alargada do conceito de “queer”.
Filmes de Língua Portuguesa no Queer Lisboa
Uma vez que a TransParente é a primeira plataforma digital portuguesa para a promoção da inclusão da diversidade sexual e de género, não poderíamos passar sem te deixar as nossas sugestões de filmes que serão passados no Queer Lisboa em língua portuguesa.
E se não tens tempo de procurar e usar o filtro da Queer Lisboa, não te preocupes, fizemos o trabalho por ti, por temáticas:
Lésbica
Damos destaque ao nacional e por isso sugerimos que não deixes de ver a curta-metragem Vanette, da realização de Maria Beatriz Castelo, natural de Lisboa.
Vanette
Maria Beatriz Castelo
Ficção : 13′ / Lésbico, Relação, Violência
Eva e Sónia, duas órfãs na casa dos 20 anos, com passados diferentes, estão numa relação amorosa em que a única coisa que lhes resta e une é uma carrinha que utilizam para subsistir, viajando pelo país.
Gay
Destacamos também o documentário Cidade Lúcida, um documentário passado na Alemanha e Portugal.
Cidade Lúcida
Adrian Stölzle
Depois de Moçambique ter conquistado a independência de Portugal, Benvindo Fonseca e a sua família mudaram-se para Lisboa. Só aos 16 anos começou a dançar, mas em pouco tempo chegou ao emblemático posto de primeiro bailarino do Ballet Gulbenkian – o primeiro e único bailarino negro da época. No auge da carreira sofreu uma grave lesão e os médicos previram que nunca mais poderia dançar. Revivendo as memórias de um passado glamoroso, mas doloroso, sob os holofotes, as reminiscências constantemente latentes da história colonial surgem agora no vazio do indizível.
Bissexual
Destacamos a longa-metragem Regra 34.
Regra 34
Julia Murat
Ficção : 100′ / BDSM, Bissexual, Colorismo, Trabalho Sexual, Voyeurismo
Simone é uma jovem negra que passou anos a fazer performances sexuais online para pagar a faculdade de direito. Agora que acabou de passar o exame para delegada do ministério público, a sua ambição é defender mulheres vítimas de abuso. De forma a reacender o seu desejo sexual, uma amiga envia-lhe o link de um vídeo em que uma mulher negra pratica sadomasoquismo.
Trans
Destacamos também o documentário Intransitivo, filmado no Brasil, realizado pelo colectivo Intransitivo, formado por quatro pessoas trans.
Intransitivo
Gabz 404, Gustavo Deon, Lau Graef, Luka Machado
Documentário : 72′ / Trans, Comunidade, Direitos Humanos, Deficiência
2021. Pandemia. Brasil (o país que mais mata pessoas trans e travestis pelo 13º ano consecutivo). Em pleno momento político critico e perigoso, um grupo trans-centrado viaja pelo Rio Grande do Sul e conversa com outras oito pessoas transgénero. As entrevistas abordam questões relacionadas com transição e outros atravessamentos identitários e interseccionais, tais como classe, raça, idade, sexualidade e corpo. Nos bastidores, acompanhamos conversas entre a equipe, discussões sobre os temas abordados e as suas relações interpessoais durante as viagens
Queer
Destacamos a curta-metragem Casa de Bonecas e que mostra o abrangente conceito de Corpos Queer.
Casa de Bonecas
George Pedrosa
Ficção : 16′ / Corpos, Queer, Performance
Somos seres imateriais. Estaremos sempre dentro dos corações umas das outras pessoas. Dia a dia mudamos e fortalecemo-nos. Corpo, alma e sangue com cheiro a cor-de-rosa.
Intersexo
Infelizmente, não conseguimos encontrar nenhum com língua portuguesa sobre a comunidade intersexo.
Who I am not
Tünde Skovrán
Documentário : 105′ / Intersexual, Comunidade, Amizade, Identidade
O que faz um homem e o que faz uma mulher? Onde traçamos a fronteira? E isso importa, realmente? Sharon-Rose Khumalo, uma rainha de beleza sul-africana, mergulha numa crise de identidade após descobrir que é intersexo. Ela precisa da orientação de alguém como ela. A única pessoa que consegue ajudá-la é Dimakatso Sebidi, um ativista intersexo que se apresenta como homem, e que se revela ser o completo oposto dela.
Não encontramos no portefólio dos mais de 80 filmes, a referência a assexualidade ou pansexualidade, mas sim sobre poliamor.
Deixamos-te aqui o link direto para fazeres a pesquisa.
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3 Responses
Eu curti demais isso. Concordo contigo que é de longe uma
das coisas mais razoáveis a se fazer.
Adorei o conteúdo! Muito informativo e bem escrito.
Parabéns pelo ótimo trabalho, continue assim!
Absolutamente fascinante! Este post é um tesouro de
informações, apresentado de forma clara e envolvente.
Parabéns pelo trabalho excepcional, é inspirador e
enriquecedor. Continuem compartilhando conhecimento
valioso como este!