“Direito a Ser” não é ideologia! Deixem as crianças em paz.

Deixem as crianças em paz: Direito a ser

O guia “Direito a Ser” vai agora ser retirado de circulação devido aos votos do PSD, CHEGA, IL e CDS-PP. 

Não são só as crianças e jovens LGBTQI+ que ficam em risco, apesar de serem as mais vulneráveis. Todas as crianças estão em risco, bem como toda uma sociedade mais respeitadora e empática pela diversidade. 

O guia não é sobre sexualidade como alguns alegam, mas sim sobre sobre educação inclusiva nas escolas e tem como objetivo criar ambientes seguros e acolhedores para todas as crianças, independentemente da sua orientação sexual, identidade de género ou características sexuais. 

A Escola deve ser um ambiente seguro para todas as crianças e proteger em especial as que mais sofrem de bullying, violência e discriminação, como é o caso de crianças e jovens LGBTI+.

O guia servia de orientação para pessoal docente e não docente para melhor entenderem a diversidade, respeitarem a individualidade de cada estudante e agirem ativamente para prevenir o bullying e promover a inclusão.

 

O que o guia “Direito a ser” propõe?

O guia sugere medidas práticas para que as escolas se tornem espaços de respeito da diversidade, promovendo políticas que:

  • Garantem um ambiente seguro e inclusivo para todas as crianças.
  • Valorizam a diversidade, respeitando entre outras coisas, as diversas orientações sexuais e identidades de género que crianças e jovens podem ter.
  • Combatem a discriminação, bullying e violência no meio escolar.
  • Capacitam docentes e não docentes a lidar com as questões relacionadas à orientação sexual e identidade de género de criança e jovens que, em contexto escolar, podem necessitar de uma intervenção rápida e personalizada.
 
 

Como melhoraria a vida das crianças nas escolas?

Essas práticas podem, não só, transformar as escolas em locais onde todas as crianças e jovens se sentem protegidas e respeitadas, mas também melhorar significativamente o bem-estar psicológico e emocional das crianças.

Estudos mostram que ambientes de aceitação e respeito aumentam o sentimento de pertença e reduzem o risco de bullying, agressões físicas, e até problemas psicológicos, como a depressão e a ansiedade. 

As crianças e jovens passam a maior parte do seu dia na escola, por isso, permitir que possam ser quem são, vivendo a sua identidade sem medos, faz com que se tornem mais confiantes e seguras.

Escolas mais inclusivas promovem a construção de uma sociedade mais justa e empática.

 

Respondendo às Críticas

 

1. “Este guia promove uma agenda ideológica sectária” – Paulo Núncio (CDS):

Ajudar uma escola a promover valores como o respeito, a igualdade, a não violência e não discriminação para que todas as crianças se sintam seguras e protegidas não é nem nunca será uma ideologia!

Ensinar as crianças a ter empatia e respeito pelas diferenças e diversidade, assegurando que todas têm as mesmas oportunidades de estudar (e não que aquelas que são alvo de bullying, discriminação e violência desistam da escola) não é nem nunca será uma ideologia. 

 

2. “Crianças de seis anos não devem saber o que é ser heterossexual ou bissexual” – Bruno Vitorino (PSD):

Claramente que o Sr. deputado do PSD não sabe o que é ensinado nas escolas a crianças de 6 anos. Para que ele e toda a população portuguesa esteja bem informada, fizemos um resumo sobre o que de facto as crianças aprendem nas escolas em educação sexual.



Talvez o Sr. deputado Bruno Vitorino não saiba  a importância da educação sexual nas escolas, mas seria ótimo se soubesse!

Falar sobre diferentes orientações sexuais e identidades de género de forma simples e apropriada para a faixa etária, o que não acontece com crianças de seis anos, ajuda as crianças a entenderem que as diferenças são naturais. Isso promove ambientes não discriminatórios, mais empatia e respeito, prevenindo assim o bullying e a violência.

 

3. “Casas de banho inclusivas aumentam crimes” – Patrícia Carvalho (Chega):

Mas em que evidências ou provas baseia a Sra. Deputada do Chega estas afirmações? Em nenhumas!
Haviamos já no passado alertado às mamãs e papás: que não é sobre casas de banho mistas nas escolas

Sabemos e bem, que situações de bullying, violência e discriminação ocorrem nas casas de banho das escolas, torná-las casas de banho mistas ou inclusivas, não iria certamente aumentar essas situações, pelo contrário, poderia demover os agressores a fazê-lo. 

Algumas universidades pelo mundo já testaram vários modelos, como é o caso da Universidade do Michigan e de Nova Iorque nos Estados Unidos, a de Oxford no Reino Unido, a de Toronto no Canadá ou ainda a de Sydney na Austrália. Todas reportaram sucesso na sua implementação, revelando que não houve qualquer aumento de criminalidade devido à implementação de casas de banho mistas ou inclusivas.

Um bom design arquitectónico de uma casa de banho que permita salvaguardar a privacidade e segurança de todas as pessoas não  é um bicho de sete cabeças e a TransParente está cá para ajudar a conceber esses designs inclusivos.

 

4. “A biologia e a ciência não podem ser retiradas da equação” – Bruno Vitorino (PSD):

O respeito pela identidade de género de cada pessoa não está nem nunca estará em conflito com a biologia. Embora a biologia defina o sexo de uma pessoa ao nascimento, a identidade de género continua a ser, e sempre será, uma experiência pessoal e única, que pode ou não coincidir com o sexo atribuído à nascença. Saber reconhecer a identidade de género das crianças é uma questão de direitos humanos e dignidade, não de negar a sua biologia.

Deixem as crianças serem quem são

O guia “Direito a ser” para uma escola inclusiva não é uma imposição ideológica, mas sim um passo necessário para garantir a segurança, o respeito e a dignidade de todos os estudantes.

Todas as crianças são mais felizes e saudáveis se simplesmente as deixarem ser quem são!

É fundamental que a comunidade escolar se envolva na criação de ambientes seguros e inclusivos porque todas as pessoas beneficiam!

A TransParente está aqui para salvaguar que isso acontece. 

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