Há décadas que encomendaram o suicídio na comunidade LGBTQI. E parece não haver ninguém que pare essas encomendas! Ou será que há?
No Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, 10 de Setembro, abordaremos um tópico crucial que afeta a comunidade LGBTQI+ em todo o mundo. Junta-te a nós nesta prevenção!
Os assustadores números da sombria realidade
Para começar, vamos focar-nos em dados recentes, ainda que provenientes dos Estados Unidos da América. Infelizmente, a população LGBTQI+ ainda tem uma taxa desproporcionalmente alta de suicídios e tentativas de suicídio.
De acordo com um estudo recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, jovens LGBTQI+ têm quase cinco vezes mais hipóteses de tentar o suicídio do que jovens heterossexuais.
Já a nível Europeu, nomeadamente na Dinamarca, os dados são ainda mais assustadores no que respeita a pessoas transgénero (trans). A taxa de tentativa de suicídio é 7.7 vezes mais, e a taxa de mortes por suicídio é 3.5 vezes superior comparativamente a população cisgénero (cis).
Em Portugal, infelizmente, esses dados não são verdadeiramente conhecidos. A Ordem dos Psicólogos já havia anunciado que “os jovens homossexuais ou bissexuais têm uma probabilidade três vezes maior de praticar o suicídio nalguma altura da sua vida. E acrescentam ainda que “essa probabilidade aumenta quando a sua família não aceita a sua orientação sexual”.
É por isso que dizemos que o suicídio tem sido encomendado há décadas para a comunidade LGBTQI+. É a sociedade em geral que o encomenda. Através de todas as suas formas de agressão sobre esta comunidade!
Mas o que contribui para essa realidade?
Entre os vários fatores destacamos a discriminação, o estigma e o isolamento social a que muitas pessoas LGBTQI+ estão sujeitas. E hoje em dia essa realidade acontece em ambos os mundos: o físico e o virtual. São cada vez mais os relatos de discursos de ódio gratuito nas redes sociais, ameaças de morte e outras situações gravosas.
Muitas pessoas, por medo da rejeição dos outros, do bullying e pela falta de apoio tanto em casa, como na escola ou no trabalho, como ainda a falta de aceitação de si, acabam por sofrer em silêncio e estar mais propensas a ideação suicida.
Como podes ajudar?
A prevenção do suicídio na comunidade LGBTQI+ começa em todas as pessoas. Todas as pessoas, sejam ou não LGBTQI+ devem consciencializar-se da sua responsabilidade coletiva. E ainda que não possas fazer nada para mudar as outras pessoas, podes começar por ti:
- Educa-te a ti e a outras pessoas: temos um mini curso gratuito incluído na subscrição à TransParente e que explora em menos de 15 minutos a temática LGBTQI+; se preferes ir mais a fundo temos outros cursos mais avançados.
- Fica com atenção aos sinais: mostra o teu apoio quando alguém disser que já pensou em suicidar-se ou mostrar indícios de tal.
- Partilha informações: indica possíveis ajudas: desde apoio psicológico, a linhas de apoio como a Voz SOS Amiga a outro apoio necessário.
Lembramos que todas as vidas são preciosas, independentemente de quem gostam, do que vestem, ou como são!
Lembra-te, se tu ou alguém que conheces está a passar uma crise, não hesites em procurar ajuda.
A TransParente está cá para te dar a mão e encaminhar para o melhor apoio possível!
Vamos prevenir o suicídio na comunidade LGBTQI!
- Linha SOS Voz Amiga: Diariamente das 15h às 22h – 808 237 327 / 210 027 159
- Linha SOS Estudante: Diariamente das 20h às 01h – 239484020
- Linha de Apoio Psicológico do SNS 24: 808 24 24 24
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Referências usadas:
A criatividade da mente humana aliada à IA.
opp_diamundialprevencaosuicidio_documento.pdf (ordemdospsicologos.pt)
Linha de prevenção do suicídio disponibiliza atendimento contínuo no fim de semana
ObservadorTransgender Identity and Suicide Attempts and Mortality in Denmark | SEGM